EXPOSIÇÕES

O que é e para que serve uma exposição?

A não ser os mais aficionados na Cinofilia, poucos são aqueles que conseguem responder de pronto a questão.
De maneira simplista, podemos dizer que assim como os clubes esportivos promovem confrontos com outros similares para demonstrar a seus torcedores, mediante uma vitória, sua competência, seu nível técnico, seu espírito de luta, da mesma forma também os clubes que congregam criadores das diferentes raças caninas organizam competições que chamamos EXPOSIÇÕES.

Prêmios recebidos pelo Canil Sheltie Rivers

Os animais inscritos são levados e expostos à opinião de um juiz que, de acordo com uma série de parâmetros definidos no padrão de cada raça, concede os prêmios em disputa aos cães que, por sus tipicidade, sanidade físico – mental, estilo e qualidade, merecem destacar – se dos demais exemplares participantes.

Para um criador, a exposição é um meio bastante prático de colocar o produto de seu trabalho à consideração de um julgador que, com seu conhecimento, determinará os acertos da criação e, muitas vezes, também os erros cometidos.

Criar um cão para competição esportiva significa para seu proprietário, além dos cuidados naturais, uma série de outros adicionais que, em última instância, redundarão em benefício da performance que seu cão cumprirá nas pistas. Estado geral, pelagem, musculatura, movimentação, temperamento, presença e ”flash” são detalhes do filhote que, entre outros, serão permanentemente exigidos do cão adulto.

O sentido de uma exposição de cães, “latu senso”, não é concorrer em busca de prêmios que quase sempre não compensam materialmente os custos envolvidos. Assim como em outras modalidades de competição, é indispensável que se participe com elevado espírito desportivo.

O verdadeiro criador deve, sem obstáculo, consciente e responsavelmente, esforçar-se sempre para alcançar uma meta previamente definida: conseguir um Campeonato Internacional, um Melhor da Raça, um de Grupo ou Exposição. Quando pressente que seu cão atingiu o nível se suas pretensões, recorre à exposição como o único caminho para lograr suas aspirações.
Se por acaso obtiver uma baixa classificação, a exposição dará conhecimento a esse criador que seu cão é deficiente ou talvez, não tenha recebido até então as necessárias atenções, mas que pode melhorá – lo . Os primeiros insucessos não podem ser considerados definitivos; há sempre a perspectiva de, alterando procedimentos, se alcançar o nível de excelência pretendido.

A vitória é e deve ser bastante festejada, a derrota deve ser encarada como uma grande fonte de ensinamentos e como força motivadora para a busca de futuras vitórias.

A primeira impressão para o espectador estranho é que uma exposição cinófila se apresenta como um local de grande confusão. Expositores, handlers e cães sempre correndo e em constante atividade, estão agrupados em uma área de onde partem sons os mais distintos, que parecem não corresponder a ordem alguma. Tendas, barracas, verdadeiros salões de beleza, jaulas, mesas, enfim um verdadeiro “mercado persa”, a própria Babel. Crianças correndo, cachorros latindo e ganindo, espectadores desfilando, uma “gata” que passa, uma música de fundo ( ou de frente ), o pipoqueiro, a carrocinha de cachorro quente e o “mestre de cerimônia”, chamando os concorrentes pelos alto – falantes, sempre com pouca potência para superar o barulho inútil. Entretanto, esta impressão está longe de refletir a verdade. As exposições caninas estão entre as atividades eportivas mais ordenadas, onde tudo está regido por normas e regulamentos.

Tudo segue uma seqüência lógica, cujo objetivo é o de que todos os expositores gozem da possibilidade de lograr o triunfo. Para isso dividem – se em primeiro lugar os cães por raças, depois por classes segundo a faixa de idade do animal; por sua vez as raças são concentradas em grupos, conforme a função que desempenham e para a qual foram criadas.

As duas entidades que regulam a Cinofilia em todo o mundo são a FCI – Fédération Cynologique Internationale, com sede na Bélgica e a quem estão filiados os principais kenneis clubes de todo o Brasil e o AKC – American Kennel Club , nos EUA. Ambas reconhecem oficialmente a existência de cerca de 300 raças caninas, divididas em 06 grupos pelo AKC e em 10 pela FCI. Nas exposições brasileiras a Confederação Brasileira de Cinofilia adota a divisão da FCI: 10 grupos.

O objetivo mais importante das exposições caninas é proporcionar maior conhecimento sobre o cão, esclarecendo – nos sobre aquilo que precisamos. Procurar corrigir, para assim podermos atingir o objetivo visado, que é o de criar exemplares o mais próximo da perfeição. Conhecer o padrão do seu cão é de ajuda valiosa para que você possa compreender melhor a classificação que ele venha a receber do juiz.
Cabe ao juiz, e somente a ele, as respectivas classificações dos cães que na pista desfilam perante ele.

As exposições são oportunidade única de vermos, em conjunto, vários exemplares da mesma raça e podermos fazer comparações. Uma exposição canina é uma competição esportiva como qualquer outra: uns deverão ganhar e outros terão que perder. O resultado deve ser encarado com seriedade e, é bom lembrar, o julgamento do juiz é feito a partir dos conhecimentos que ele possui sobre a raça. Em toda exposição os cães são divididos em RAÇAS e essas raças separadas em GRUPOS, de acordo com sua utilização pelo homem. Os cães de cada raça serão julgados por classes.

1- Classe Inicial – cães de quatro meses e um dia a seis meses de idade. Competem ao título de Campeão Inicial (CCI);

2- Classe Filhote – cães de seis meses e um dia a nove meses de idade. Competem ao título de Campeão Filhote (CCF);

3- Classe Jovem – cães de nove meses e um dia a quinze meses. Competem ao título de Campeão Jovem (CCJ);

4- Classe Aberta – destinada a cães com mais de quinze meses, exceto para Campeões Brasileiros de Beleza e Grande Campeão, que na data da exposição tenham mais de quinze meses de idade. Nesta classe podem ser inscritos Campeões de Beleza de outros países e Campeões Internacionais que queiram disputar CAC. Concorrem a CACIB;

5- Classe Trabalho – destinada a cães com mais de quinze meses, portadores de certificado de cão de trabalho;

6- Classe Campeonato – cães que já têm o título de campeão;

7- Classe Grande Campeonato – cães que já têm o título de grande campeão;

8-Veteranos – cães com mais de 8 anos;

9- Duplas ou Parelhas – destinada a dois exemplares da mesma raça ou variedade, de sexo oposto e pertencente ao mesmo expositor. Os exemplares inscritos nesta classe devem ainda estar inscrito numa classe individual qualquer.

10- Grupo de Criação – destinada a três ou mais exemplares do mesmo criador, da mesma raça ou variedade, ainda que pertencentes a diferentes expositores. Os exemplares inscritos nesta classe devem ainda estar inscritos numa classe individual qualquer.

11- Progênie – destinada a machos ou fêmeas reprodutores apresentados com três ou mais crias que estejam competindo para melhor reprodutor ou reprodutora da exposição. Os exemplares inscritos nesta classe devem ainda estar inscritos numa classe individual qualquer.

Serão escolhidos os melhores cães machos de cada classe que competirão entre si para a escolha do melhor cão macho da raça. A mesma coisa é feita com as fêmeas, escolhendo-se a melhor fêmea da raça, o que habilita o cão vencedor a competir no grupo. Inicia-se então a segunda fase da exposição com os vencedores de raça separados em seus respectivos grupos para a escolha dos quatro melhores de grupo.

De acordo com a FCI – Fédération Cynologique Internationale, as raças são organizadas em dez grupos:

1º grupo – cães Pastores e Boiadeiros, exceto Suíços.
2° grupo – cães tipo Pinscher, Molossos e Boiadeiros Suiços.
3º grupo – cães Terriers.
4° grupo – Dachshunds.
5° grupo – cães Spitz, Nórdicos e Primitivos.
6º grupo – Hounds e Rastreadores.
7° grupo – cães de Aponte.
8º grupo – cães Levantadores, Retrievers e de Água.
9° grupo – cães de Companhia.
10°grupo – Galgos e Raças Assemelhadas.

Dentro de cada grupo são chamados à pista os vencedores de raça daquele grupo e escolhido o melhor cão dentre estes, indicando ainda o 2º, 3º e 4º lugares. Concluída a escolha dos quatro melhores de cada grupo chegamos ao clímax da exposição, onde retorna à pista o melhor cão de cada grupo, totalizando 10 cães, para a escolha do BEST-IN-SHOW (melhor cão da exposição), sendo escolhido então o vencedor da exposição (1º lugar ) e ainda o 2º, 3° e 4º lugares.

Victor H. Rios

RANKING CBKC:

TERCEIRO MELHOR EM 2006
PRIMEIRO MELHOR EM 2007
SEGUNDO MELHOR EM 2008
QUINTO MELHOR EM 2013.
SEXTO MELHOR EM 2014.
QUINTO MELHOR EM 2015.
QUINTO MELHOR EM 2017.

RANKING DOG SHOW:

 SEGUNDO MELHOR EM 2006
PRIMEIRO MELHOR EM 2007
QUARTO MELHOR EM 2008
QUARTO MELHOR EM 2013.
QUINTO MELHOR EM 2014.
OITAVO MELHOR EM 2015.
SÉTIMO MELHOR EM 2016.
QUARTO MELHOR EM 2017